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"Foi assim que te amei" - Adriana Brazil



Como vocês já sabem, eu sou apaixonada por escrever e, consequentemente, também sou apaixonada por ler. Leio todos os tipos de livros, mas os que mais a-m-o são os romances. Alguns dizem que são bobagens, mas não importa o que dizem, eu gosto e ponto final. Ler romance não me fará mais burra ou mais fútil, pelo contrário, me inspira e eu acho que a gente tem que ler o que mais agrada. Por isso, decidi criar um espaço para eu compartilhar com vocês as minhas opiniões a respeito das minhas leituras e dar algumas dicas também. E eu não poderia inaugurar esse espaço sem falar dessa série que me surpreender de todas as maneiras. 

Sinopse:

A série "Foi assim que te amei" conta a história de uma jovem chamada Helen, que é cheia de sonhos e objetivos a conquistar e filha única de uma família estruturada e feliz. No início da trama ela se vê envolta à expectativa do primeiro dia de aula na faculdade de Letras.  O talento para escrever rende a Helen o convite para dar continuidade a um projeto parado na faculdade: terminar um conto de amor entre um príncipe e uma plebeia, iniciado pelo escritor e estudante de teatro, Andrew Gamberini, que sofreu um acidente há um ano e abandonou a faculdade. Na medida em que entra em contato com a trama, Helen descobre-se apaixonada pelo seu autor e viverá intensamente um romance pelas quatro estações do ano. 


Resenha:


Primeiramente, eu não gosto de livros que contam histórias tristes, principalmente, se um dos personagens principais sofrem alguma doença ou algo parecido. Gosto de livros que me deixem felizes, mesmo porque, eu leio para distrair, relaxar e ser feliz. Mas vi muitas resenhas positivas no Skoob e resolvi dar uma chance e ler o livro. E não é que me apaixonei?

Quanto mais leio, mais tenho sido rigorosa ao comentar ou indicar, ainda mais quando estamos falando de romance. Tem autores que escrevem e acham que nós, leitores, somos obrigados a imaginar os sininhos tocando ou algo parecido. Não! Livro não é novela em que tem a ajuda de uma música e de imagens que nos ajudam a nos envolver. O livro precisa despertar em cada linha um interesse para virarmos a próxima página e fazer com que a gente respire fundo ao ler os encontros e desencontros dos personagens. 

Foi assim que te amei, me passou exatamente tudo o que eu estava procurando em um livro e não conseguia encontrar um tempinho. Eu não sou evangélica, mas não tenho preconceito com nenhuma religião, e ler um livro baseado na fé, na amizade e em um romance forte e especial, foi incrível. Sempre lemos algo em que os jovens são revoltados com os pais, ou que os amigos são loucos e traidores. Acho que os autores pensam que isso leva mais emoção ao livro, mas a Adriana Brazil mostrou que não. A personagem Helen ama a sua família e o Andrew não é nenhum Bad Boy que não está nem aí pra nada e encontra o amor da sua vida e muda o seu jeito completamente. (Confesso que estava cansada de livros assim). É um livro que passa uma linda mensagem e nos inspira a acreditar e ter fé, independente de qualquer coisa. Além de trazer um romance pra lá de especial, que nos faz suspirar e terminar a leitura da série com um sorriso bobo. 

Eu super indico a leitura para que gosta deste tipo de livro. Eu não li, devorei todos eles e está na lista de uma das minhas séries favoritas.

Lição de vida!




Eu tenho passado pouco por aqui. Quer dizer, não passei em nada nesses últimos tempos. A minha vida estava bem agitada, estava em reta final da faculdade (agora, estou formada!) e trabalhando muito. Mas não adianta fugir, eu posso até me afastar momentaneamente, mas o meu coração sempre corre para a escrita. Eu sinto a necessidade de transformar em textos os meus sentimentos. Pode parecer loucura, mas me faz tão bem. É como se eu fosse eternizar alguns momentos.

Hoje, quero compartilhar com vocês um momento que presenciei ainda agora na rua e que acho que vale a lição.

Acho que todos nós já encontramos pessoas que só reclamam da vida, do trabalho, do emprego. Reclamam tanto que chegam a ser chatas! Eu mesmo já reclamei que não tinha tempo para isso ou para aquilo ou que queria estar viajando ou fazendo algo diferente. Mas a cena que presenciei hoje me deu uma grande lição.

Eu estava na fila do MC Donald's para comprar um lanche para mim e eu percebi uma atendente toda sorridente, tratando bem aos clientes, transmitindo uma energia pra lá de positiva. Uma senhora que estava na minha frente disse para a atendente: "Parabéns, menina, pela sua positividade. Estar tão feliz assim, trabalhando no local em que você trabalha... Não sei como consegue...' Na mesma hora a atendente respondeu: "Minha Senhora, eu cresci não sabendo o que eu iria comer no dia seguinte. Tinha dias que eu nem comia. Como esse emprego, eu posso me alimentar e alimentar a minha família. Não tenho motivos para reclamar e nem ficar triste. Esse emprego salvou a minha vida.".

E foi nesse momento que me perguntei quantas vezes eu já reclamei sem ao menos poder reclamar. Não importa se a gente não tem tempo ou se está chovendo quando queríamos que estivesse sol. Qual é realmente o seu motivo para ficar de mal humor ou irritado? Qual o nosso motivo para ficarmos tristes? Chateações existem para qualquer um de nós, mas não podemos transformá-las em maiores do que elas realmente são. Que tal começarmos o exercícios de reclamarmos menos e agradecermos mais? 

Você já agradeceu hoje?

Tenha paciência...



Durante muito tempo eu me perguntava onde estava o meu grande amor, a minha alma gêmea, a tampa da minha panela, sabe? Eu via as minhas amigas, todas compromissadas e achava, sinceramente, que tinha nascido para ficar sozinha. Mas diferente delas, sempre fui muito seletiva. Não que todas ficassem com qualquer um, não é isso. Mas elas embarcavam nas relações sem ao menos gostar, se forçavam a querer, sabe? Sempre achei isso um pouco demais para mim. Eu queria sentir algo a mais, queria desejar, queria ter a certeza de que era para mim. Lógico que nunca teremos essa certeza. Sabia que sentimentos eram construídos e que, na maioria das vezes, aquela paixão avassaladora e amor à primeira vista eram passageiros. Geralmente, isso se chama atração. Ninguém pode amar, sem conhecer. O amor é diário, é companheirismo, é amizade, é cumplicidade. Quando não existem essas características, pode ter certeza que estamos falando, exclusivamente, de atração.

Durante um tempo, resolvi sair, beijar algumas bocas, conhecer algumas pessoas, arriscar. Afinal, se estava sozinha e, se eu ficasse para sempre sozinha, não iria ser por falta de tentativa, como algumas pessoas insistiam em dizer. Eu iria tentar de verdade, mas também não cederia com tanta facilidade. Eu sabia que precisava encontrar alguém que merecesse estar comigo, alguém que me valorizasse. Depois de muita procura, acabei encontrando de uma maneira inesperada a pessoa que procurei durante muitos anos. Não é alguém perfeito, possui seus defeitos, mas nenhum deles supera as suas qualidades. Muitas das minhas amigas que tinham pressa em encontrar alguém para não ficarem sozinhas, acabaram se machucando mais do que gostariam. Metendo os pés pelas mãos, sabe? Eu, graças a Deus, evitei muitos tropeços. Lógico que todo relacionamento possui um risco, mas é bom correr riscos quando temos a certeza que queremos vivenciá-los. Não por medo da solidão ou por insegurança. Acreditem, é muito melhor estarmos sozinhas que mal acompanhadas.

Então, se existe algo que eu gostaria de aconselhar a milhões de corações desimpedidos e em busca de sua tão sonhada alma gêmea é ter paciência. A vida coloca as pessoas certas, no momento certo em nossas vidas. Não adianta querer encontrar a pessoa ideal em qualquer um que apareça. A pessoa ideal vai ser ideal do início ao fim. Não quero dizer que ela será perfeita, mas ela será presente e irá querer permanecer em sua vida sem questionamentos, sem que você precise se descabelar e implorar por amor. Fique em paz, com o coração tranquilo e esteja disponível, mas com a consciência de quando vier, vai vir de corpo, alma, coração e todos os sinais vão te mostrar que é pra ser. Porque o que é pra ser, simplesmente acontece.


Christina Corrêa.

Professor não é mendigo!



No dia 21 de maio foi dia do profissional de Letras. Escolher fazer Letras não foi uma decisão tão fácil, não pelo destino de ser professora, pois tenho muito orgulho dessa profissão, mas porque quando a gente sai da escola, não é tão fácil escolher o caminho que você quer seguir para o resto da sua vida. Algumas pessoas conseguem se encontrar facilmente, eu não consegui. E conheço muita gente que também não. Mas isso não é o fim do mundo. Ideia muito diferente da que você tem quando sai do Ensino Médio. Nessa idade, a pressão é grande. Graças a Deus eu tive pais que me apoiaram e perceberam que eu deveria esperar um pouco para dar esse passo a mais, que é a faculdade. Eles sabiam que eu precisava caminhar um pouco, antes de tomar essa enorme decisão. Eu precisava me conhecer, para só assim saber qual caminho eu realmente queria seguir. Fui arriscando alguns cursos, algumas especializações, embarcando por caminhos que me interessavam, até me descobri de verdade. Meus pais sempre me disseram: "Faça o que você mais gosta na vida e você será eternamente feliz.". E foi por isso que escolhi Letras.

Quando digo que estou me formando em Letras, as pessoas me olham como se eu fosse um E.T. Na verdade, acho que essa ideia é muito precipitada. Realmente o professor deveria ser mais valorizado, mas não digo no quesito de salário ou dignidade, eu digo no sentido da sociedade. Acreditem, professores compram carro zero, professores viajam para fora do país, professores possuem filhos e filhas que estudam em uma boa escola particular, professores possuem dinheiro para comprar boas roupas, bons perfumes e joias. Essa ideia de que professor pede esmola na rua é bem antiquada e um tanto mentirosa. Quando o professor é colocado nesse nível, é o ensino brasileiro que sai perdendo. São as crianças, os jovens, os pais que perdem o respeito por esse profissional um tanto importante na vida de todos. O salário poderia ser melhor? Poderia, assim como de tantos outros profissionais. Um médico, por exemplo, para ter muito dinheiro precisa passar por uma série de especializações e virar noites trabalhando. Quem disse que existem hospitais com boas qualidades? Muitos deles, também atuam com precariedades. A diferença é que socialmente ser médico tem mais "status". Um professor, não é diferente. Lógico que ele poderia possuir melhores condições de trabalho, como um médico, por exemplo. Por isso que quando vejo algumas reivindicações, me pergunto qual o objetivo real daquilo. Pedir melhores condições? Sim, justo. Mas isso é antes de tudo papel do aluno, dos pais dos alunos. Levantar a bandeira que professor passa fome? Isso já é demais para a minha visão e para os meus ouvidos. Então, volto a repetir: ser professor não é sinônimo de vergonha. Professor não é mendigo. Mude esse conceito em si e isso já fará uma grande diferença no mundo, na vida e no futuro.

Uma caixinha de preciosidades


Eu queria, de verdade, colocar em uma caixinha alguns momentos e algumas pessoas. Guardá-las bem perto do meu coração. É tão ruim perdermos quem amamos. É revoltante. Não podemos fazer nada. A vida tem dessas coisas, a gente nasce e aos longos dos anos vamos perdendo as nossas principais referências. Com o tempo, não sentimos mais o cheirinho de café e bolo de chocolate das nossas avós, não escutamos mais os conselhos dos nossos avôs, perdemos um pouco da alegria de alguns tios e tias, ou seja, perdemos aquele abrigo que tínhamos quando éramos crianças. Perdemos um pouco a referência dos dias de natais, festas de aniversários. 

Era tudo tão mais legal quando éramos crianças. De repente, a vida vai se tornando mais séria e ao mesmo tempo mais insegura. Vamos descobrindo as partes obscuras do mundo, das pessoas. Percebemos que os nossos pais não são os heróis que sempre acreditamos que eram. Não que sejam os vilões da história, longe disso, mas são de carne e osso. Podem quebrar, podem errar. Continuamos precisando do colo deles, mas a cada dia que passa, vamos menos para ele. Começamos a construir as nossas histórias, os nossos caminhos e nada disso é fácil. Há alguns anos a nossa principal decisão era qual brinquedo levar para o colégio, hoje decidimos por caminhos que acarretarão consequências muito maiores do que não termos escolhido um brinquedo tão legal. 

É bom crescer. É bom amadurecer. É bom caminharmos com as nossas próprias pernas. Mas é triste que para isso tenhamos que abdicar de pedaços da gente. Nada é como antes. Nada nunca será como antes. Perdemos um pouco de nós mesmos ao longo dos dias, dos anos, mesmo que encontremos outros pedaços que ainda não estavam preenchidos. E vamos vivendo assim, perdendo e ganhando, reconstruindo vazios e tampando outros. Todos nós somos grandes estações principais com embarques e desembarques, sofrimentos e sorrisos, vivendo de saudades e a esperança de um dia encaixarmos cada quebra-cabeça nosso que se perdeu durante a trajetória do viver.  

Christina Corrêa da Fonseca.

Relacionamentos são complicados...


Bem-vindos ao meu mais novo espaço! Espero poder compartilhar por aqui muitos dos meus textos, pensamentos e reflexões. E nada melhor que começar falando de amor, não é mesmo? Ao meu ver, o amor é o sentimento mais lindo que poderia existir. Ter a capacidade de amar, já é algo surpreendente. Triste daquele que passa a vida sem um amor. Mas sabemos que nem tudo são flores quando se trata do coração. Já dizia a minha avó: Relacionamentos são complicados. E quando dizia "relacionamentos", falava de maneira geral, não somente da relação de casal.
A gente tem mania de depositar muita confiança no outro, de cobrarmos perfeição. O amigo, não precisa ser apenas amigo, precisa ser sincero sempre, estar presente em todas as festas de aniversário, não errar nunca. Um erro bobo é o suficiente para se achar que nem tão amigo ele é. A mesma coisa em relação a pais e filhos, marido e mulher, namorado e namorada.
A gente quer sempre o melhor do outro, mas esquecemos que o outro é humano também, assim como nós. O outro erra, acerta, cai, levanta, aprende, ensina, tropeça e por mais que isso nos magoe, nos abale, precisamos entender que faz parte de todas as relações superar.
Ninguém é perfeito. Em algum momento, já erramos com alguém também, porque erros fazem parte desse mundo em que vivemos. Lógico que não vamos aceitar tudo, mas é preciso pensar e refletir, trabalhar o erro de acordo com toda uma história, não apenas um momento.
Cada pessoa que entra em nossa vida, carrega uma história, um aprendizado e esses aprendizados são diferentes dos nossos. E é isso que torna tudo tão complicado, porque conviver com as diferenças ainda nos causa medo e espanto.
Precisamos entender que o segredo de grandes relacionamentos está no simples ato de não desistir. Porque desistir é fácil, desistir é cômodo. E sempre vai ter alguém dizendo no nosso ouvido para desistir de algo. Mas o que importa na verdade é a nossa fé. A nossa fé no outro. A nossa fé na ideia de que todos estamos no mesmo barco e que também estamos aprendendo, construindo. E essa fé, meus amigos, se chama amor e essa é a forma mais sublime de amar.

Christina Corrêa.